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Português / Portuguese (PT): Arte popular, artesanato, souvenirs: materializações do passado, imaginações do futuro
Inglês / English (EN): Folk art, crafts and souvenirs: materializing the past, imagining the future

Coordenador / Coordinator:
Vera ALVES
Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA)
vera.mmma@gmail.com

Co-coordenador / Co-coordinator (se aplicável, não obrigatório / if applicable, not mandatory):
Eduarda ROVISCO
Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA) / Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL)
eduarda.rovisco@gmail.com

Debatedor / Discussant (se aplicável, não obrigatório / if applicable, not mandatory):

Língua principal / Main language: Português / Portuguese (PT)
Língua complementar / Complementary language: Inglês / English (EN)
Língua de trabalho preferencial (não exclusiva) / Prefered working language (not exclusive): Português / Portuguese (PT)


Detalhes do painel na língua principal / Panel details in main language

Título / Title
Arte popular, artesanato, souvenirs: materializações do passado, imaginações do futuro

Resumo curto / Short abstract
Visando congregar investigadores de várias disciplinas, este painel propõe constituir uma plataforma de reflexão alargada que permita, explorando processos históricos e actuais, interrogar porque continuamos a produzir e a consumir artesanato, quem o produz e consome e como e que funções desempenha na sociedade contemporânea.

Resumo longo / Long abstract
A revolução industrial, correspondendo a um aumento sem precedentes na produção de bens materiais, originou a invenção romântica do artesanato como expressão da resistência da mão humana à máquina. Ao mesmo tempo, a designação «arte popular» associou o artesanal ao tradicional e a uma ideia essencialista de povo que permitiu conceber certos objectos «feitos à mão» como emanações de passados idílicos forjados pelos projectos de construção nacional. Vários autores, entre os quais Garcia Canclini, mostraram entretanto que estes objectos não podem ser entendidos como meras sobrevivências de antigas práticas e tradições. A sua existência no presente responde às condições da sociedade actual. O turismo e a transformação de muitos destes artefactos em «souvenirs» é um desses contextos nos quais arte popular e artesanato se revestem de novos significados e que antropólogos como Nelson Graburn têm vindo a estudar há várias décadas. Com este painel pretendemos instituir uma plataforma de reflexão alargada congregando investigadores de várias disciplinas (antropologia, sociologia, filosofia, arte, história, história de arte) que, explorando processos históricos e actuais, permita interrogar porque continuamos a produzir e a consumir artesanato, quem o produz e consome e como e que funções desempenha na sociedade contemporânea.


Detalhes do painel na língua complementar / Panel details in complementary language

Título / Title
Folk art, crafts and souvenirs: materializing the past, imagining the future

Resumo curto / Short abstract
This panel aims to establish a platform for broad reflection, bringing together researchers from various disciplines to explore historical and current processes that will enable us to question why we continue to produce and consume crafts; who produces and consumes them; and what role they play in contemporary society.

Resumo longo / Long abstract
Out of the industrial revolution, which led to an unprecedented increase in the production of material goods, came the romantic invention of craftsmanship as an expression of the human hand’s resistance to the machine. At the same time, the term “folk art” linked craftsmanship to the traditional, and to an essentialist idea of “the people” that allowed certain handmade objects to be looked on as emanations of an idyllic national past. Several authors, Garcia Canclini among them, have shown, however, that these objects cannot be seen as mere survivors of old practices and traditions. Their existence today is a response to the conditions of our present-day society. Tourism, and the transformation of many of these artefacts into souvenirs, is one way in which folk art and craftsmanship have taken on new meanings and which anthropologists, such as Nelson Graburn, have been studying for several decades. This panel aims to establish a platform for broad reflection, bringing together researchers from various disciplines (anthropology, philosophy, history and art history) to explore historical and current processes. This exploration will enable us to question why we continue to produce and consume crafts; who produces and consumes them; and what role they play in contemporary society.