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Português / Portuguese (PT): Desigualdades sociais, capitalismo e antropologia
Inglês / English (EN): Focusing on social inequalities, discussing capitalism and anthropology

Coordenador / Coordinator:
Emília Margarida MARQUES
Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA/ISCTE-IUL)
emddm@iscte-iul.pt

Co-coordenador / Co-coordinator (se aplicável, não obrigatório / if applicable, not mandatory):

Debatedor / Discussant (se aplicável, não obrigatório / if applicable, not mandatory):

Língua principal / Main language: Português / Portuguese (PT)
Língua complementar / Complementary language: Inglês / English (EN)
Língua de trabalho preferencial (não exclusiva) / Prefered working language (not exclusive): Português / Portuguese (PT)


Detalhes do painel na língua principal / Panel details in main language

Título / Title
Desigualdades sociais, capitalismo e antropologia

Resumo curto / Short abstract
O painel acolhe contribuições que observem e discutam, com adequado suporte empírico e teórico, relações e processos relevantes de construção e reprodução das desigualdades sociais, visando enriquecer o conhecimento de base etnográfica sobre essas dinâmicas e contribuir para o debate sobre a relevância do seu estudo em antropologia.

Resumo longo / Long abstract
Precários na academia, populações destituídas pela agro?indústria, gentrificação urbana, crescimento dos segmentos ultra-luxo e discount – são apenas alguns exemplos reveladores. As desigualdades sociais, entendidas como padrões de acesso desigual a recursos críticos entre as pessoas que constituem um dado contexto de relação, alastram e intensificam-se, alimentadas pelos modos de desenvolvimento, regulação e expansão global do capitalismo contemporâneo. Em antropologia, muitos consideram fulcral examinar estes processos, na sua materialização e enraizamento concretos e vividos (mobilizando, por exemplo, o conceito de classe social), para alcançar conhecimento teórica e empiricamente válido sobre as formas, muito diversas, como as pessoas constroem os seus modos de vida e os povoam de sentido. Inserindo-se neste debate, o painel acolhe contribuições que observem e discutam, com adequado suporte empírico e teórico, dinâmicas e casos relevantes de desigualdade social (referidos a quaisquer contextos e esferas de prática). Em que configurações, quotidianos e trajetórias se materializam as relações de desigualdade? Que idiomas (morais, identitários, de classe… ) são mobilizados para lhes dar significado, para as contestar ou legitimar? Como se constroem, incluindo por articulação entre estes idiomas e aquelas configurações, os processos – de constrangimento e coerção, mas também, crucialmente, de consentimento e pertença – inerentes à sua produção e reprodução?


Detalhes do painel na língua complementar / Panel details in complementary language

Título / Title
Focusing on social inequalities, discussing capitalism and anthropology

Resumo curto / Short abstract
This panel welcomes proposals that can discuss, from a proper empirical and analytical basis, any relevant, concrete and situated social inequality processes and relationships. It aims to widen the ethnographic corpus on these particular dynamics, and to add to the debate on the theoretical relevance of its study in anthropology.

Resumo longo / Long abstract
Precarious scientific workers, populations dispossessed by agribusinesses, urban gentrification, the discount and luxury segments thriving simultaneously – these are just a few telling examples. Social inequalities, understood as patterns of unequal access to critical resources among people sharing a given relational context, get denser, and spread across geographies, fuelled by the ways contemporary capitalism globally develops, expands and is regulated. Many in anthropology consider it crucial to examine such processes, by tackling their concrete and lived quality (while mobilizing, for instance, the concept of social class), if we are to achieve sound knowledge about the very diverse ways people build their livelihoods and put meaning into them. Embracing this debate, the panel welcomes discussions, supported by a proper empirical and analytical basis, of any relevant, concrete, situated social inequality processes and relationships (from whatever contexts and realms). What observable shapes does inequality take? Into what everyday practices, relations and life paths is it translated? What moral, identity, class, or other languages do people mobilize to make sense of inequality, either contesting or legitimizing it? How do they weave the fundamental processes – of constraint and coercion, but also, crucially, of consent and belonging – without which inequality could not be produced or reproduced?