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Português / Portuguese (PT): Ad Lib/ Improviso: Possibilidades de teorizar, etnografias da música e da performance e transformações do trabalho campo
Inglês / English (EN): Ad Lib / Improvisation: Possibilities of theorizing, ethnographies of music and performance and transformations of fieldwork

Coordenador / Coordinator:
António MEDEIROS
Departamento de Antropologia, Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL); Centro de Estudos Internacionais (CEI-IUL), Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL)
antonio.medeiros@iscte-iul.pt

Co-coordenador / Co-coordinator (se aplicável, não obrigatório / if applicable, not mandatory):
Pedro FÉLIX
Instituto de Etnomusicologia (INET-MD)
lx.felix@gmail.com

Debatedor / Discussant (se aplicável, não obrigatório / if applicable, not mandatory):

Língua principal / Main language: Português / Portuguese (PT)
Língua complementar / Complementary language: Inglês / English (EN)
Língua de trabalho preferencial (não exclusiva) / Prefered working language (not exclusive): Português / Portuguese (PT)


Detalhes do painel na língua principal / Panel details in main language

Título / Title
Ad Lib/ Improviso: Possibilidades de teorizar, etnografias da música e da performance e transformações do trabalho campo

Resumo curto / Short abstract
Propomos explorar o lugar do improviso na teoria antropológica e na prática etnográfica, inspirados em pesquisas junto de performers. Apelamos a uma variedade de propostas para poder debater possibilidades teóricas da noção de “improviso” num registo transdisciplinar, bem assim como o seu lugar em etnografia recentes e trabalhos de campo em curso.

Resumo longo / Long abstract
Referenciamos a nossa convocatória com argumentos persistentes que valorizam o lugar do “improviso” na teoria antropológica e na prática etnográfica. Partindo desta noção queremos sublinhar-lhe possibilidades teóricas, enquanto referente para práticas de colaboração transdisciplinar mais ambiciosas, e ensejo para repensar o trabalho de campo e as suas possibilidades. Que a vida social possa se considerado como um domínio de recorrentes improvisações, cuja consciência deve mover a respectiva representação, é algo muitas vezes sublinhado em textos clássicos, de Malinowski a Bourdieu ou de Rabinow a Fernandez. Também ressoa, por exemplo, na noção de “táctica” (Certeau), na assunção da “confusão como método” (Law), de “género enquanto improviso” (Butler) ou “repertório em acção” (Faulkner e Becker 2009). Num quadro “moderno”, a constância do improviso nas ciências sociais e nas humanidades sustenta considerações e argumentos políticos sobre a sua fraqueza epistemológica enquanto domínio científico “impreciso”, marcado pela ausência de processos repetíveis, e por resultados não verificáveis. Porém, nestas nossas ciências e nos nossos diferentes métodos etnográficos, a presença dos diversos avatares do improviso são de constatação inevitável e deixam espaço para uma versatilidade epistemológica reactiva ao contexto, com vantagens para compreensão da vida social: abrem aproximações fecundas da “abundância” (Feyerabend) do mundo que devemos celebrar.


Detalhes do painel na língua complementar / Panel details in complementary language

Título / Title
Ad Lib / Improvisation: Possibilities of theorizing, ethnographies of music and performance and transformations of fieldwork

Resumo curto / Short abstract
We propose to explore the role of improvisation in anthropological theory and ethnographic practice, inspired by current researches among performers. We are calling for a variety of proposals so as to be able to have a debate on the possibilities of the notion of improvisation in a transdisciplinary register, as well as its place in recent ethnography and ongoing fieldwork experiences.

Resumo longo / Long abstract
We address our call to enduring arguments that value the role of “improvisation” in anthropological theory and in ethnographic practice. We aim to emphasize its theoretical possibilities, as a reference for ambitious trans-disciplinary collaborations, and as an opportunity to rethink contemporary fieldwork. That social life can be considered as a domain of recurrent improvisations, whose consciousness must also shape the possibilities of its respective representation, is often emphasized in classical anthropological texts, from Malinowski to Bourdieu or from Rabinow to Fernandez. Invoking additional examples, improvisation also generates echoes, for example, in the notion of “tactics” (De Certeau), in the assumptions of ” mess as method” (Law), “gender as improvisation” (Butler) or of “repertoire in action” (Faulkner e Becker 2009). In a “modern” framework, the constancy of improvisation in the social sciences and the humanities sustains political considerations and arguments about its epistemological weakness as an “imprecise” scientific domain, marked by the absence of repeatable processes and unverifiable results. However, in our social and human sciences and our distinct ethnographic methods, the presence of the various avatars of improvisation are inevitable and leave room for an epistemological versatility reactive to the context, with advantages for the understanding of social life: they open fertile approaches to the “abundance” (Feyerabend) of the world we should praise!