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Português / Portuguese (PT): A moralização do turismo: debates em torno da turismofília, turismofobia, overtourism e turismo responsável
Inglês / English (EN): The moralization of tourism: debates around tourism-philia, tourism-phobia, ‘overtourism’ and responsible tourism
Coordenador / Coordinator:
Edgar BERNARDO
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD)
edgaracb@utad.pt
Co-coordenador / Co-coordinator (se aplicável, não obrigatório / if applicable, not mandatory):
Filipa FERNANDES
Centro de Administração e Políticas Públicas (CAPP), Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), Universidade de Lisboa (UL)
ffernandes@iscsp.ulisboa.pt
Debatedor / Discussant (se aplicável, não obrigatório / if applicable, not mandatory):
Debatedor / Discussant: Xerardo Pereiro (Centro de Estudos Transdisciplinares para o Desenvolvimento – CETRAD, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – UTAD). E-mail: xperez@utad.pt
Língua principal / Main language: Português / Portuguese (PT)
Língua complementar / Complementary language: Inglês / English (EN)
Língua de trabalho preferencial (não exclusiva) / Prefered working language (not exclusive): Português / Portuguese (PT)
Detalhes do painel na língua principal / Panel details in main language
Título / Title
A moralização do turismo: debates em torno da turismofília, turismofobia, overtourism e turismo responsável
Resumo curto / Short abstract
Este painel visa analisar e comparar os discursos, as representações sociais, as práticas sociais e as agendas políticas ligadas à turismofilia, à turismofobia, ao overtourism e aos movimentos sociais do turismo responsável. Pretende-se examinar os efeitos do turismo sobre os destinos e sobre os turistas em todas as suas dimensões
Resumo longo / Long abstract
A antropologia tem uma preocupação crítica com o turismo e o seu desenvolvimento (MacCannel, 2003: 211). Neste sentido, surgem várias posições, ora pró-turismo (o turismo é sempre bom ou turismofilia), ora anti-turismo (turismofobia) que considera o turismo como sendo malicioso, falando-se mesmo em overtourism, massificação ou saturação (MacCannell, 1976: 162; Jacobsen, 2000; Bey, 2014; Milano, 2018). Recentemente surgiu uma outra visão intitulada de moralização do turismo (o turismo bom e mau) (Wood e House, 1991; Horne, 1992; Butcher, 2003). Deste diálogo nasce um compromisso pela construção de um turismo mais sustentável, ecológico, equitativo, solidário e mais justo. Nesta linha, Chambers (2005: 27-28) afirmou que o conhecimento antropológico pode contribuir para um turismo responsável, para solucionar problemas no campo do turismo e para criar melhores viajantes e turistas através da educação. Com o turismo responsável surgem produtos alternativos que revelam a segmentação dos mercados e a necessidade de diferenciação dos destinos. Nalguns destinos elaboraram-se discursos políticos, científicos e comerciais que repensaram o turismo desde a sustentabilidade (Fullana e Ayuso, 2002; Pérez de las Heras, 1999; 2004) para dar resposta a toda uma série de expetativas sociais preocupadas com a degradação e depredação do meio ambiente, a biodiversidade e a diversidade cultural.
Detalhes do painel na língua complementar / Panel details in complementary language
Título / Title
The moralization of tourism: debates around tourism-philia, tourism-phobia, ‘overtourism’ and responsible tourism
Resumo curto / Short abstract
This panel aims to analyze and compare narratives, social representations, social practices and political agendas related to tourism-philia, to tourism-phobia, to overtourism and to social movements of responsible tourism. It will examine the effects of tourism on destinations and on tourists in all its dimensions.
Resumo longo / Long abstract
The critical concern of Anthropology with tourism and its development (MacCannel, 2003: 211) has led to the emergence of several positions such as pro-tourism (tourism is always good or tourism-philia), or anti-tourism (tourismphobia) that considers tourism to be malicious, even considering overtourism, massification or saturation (MacCannell 1976 : 162, Jacobsen, 2000, Bey, 2014, Milan, 2018). Recently, another vision of tourism moralization (good and bad tourism) appeared (Wood and House 1991, Horne 1992, Butcher 2003). From this dialogue arises a commitment to the construction of a more sustainable, ecological, equitable, solidary and fairer tourism. In this line, Chambers (2005: 27-28) stated that anthropological knowledge can contribute to responsible tourism, to solve problems in the field of tourism and to create better travelers and tourists through education. With responsible tourism, there are alternative products that expose markets segmentation and the need to differentiate destinations. In some places political, scientific and commercial discourses were developed that reexamined tourism from sustainability (Fullana and Ayuso, 2002; Perez de las Heras, 1999; 2004) to answer a whole series of social expectations concerned with the degradation and depredation of the environment, biodiversity and cultural diversity.