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Português / Portuguese (PT): Antropologia da nominação
Inglês / English (EN): Anthropology of Naming

Coordenador / Coordinator:
Iracema DULLEY
Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)
idulleyufscar@gmail.com

Co-coordenador / Co-coordinator (se aplicável, não obrigatório / if applicable, not mandatory):
Geraldo ANDRELLO
Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)
andrello.geraldo@gmail.com

Debatedor / Discussant (se aplicável, não obrigatório / if applicable, not mandatory):

Língua principal / Main language: Português / Portuguese (PT)
Língua complementar / Complementary language: Inglês / English (EN)
Língua de trabalho preferencial (não exclusiva) / Prefered working language (not exclusive): Português / Portuguese (PT)


Detalhes do painel na língua principal / Panel details in main language

Título / Title
Antropologia da nominação

Resumo curto / Short abstract
Trata-se aqui de refletir sobre os nomes a partir da consideração de suas funções convencionais ou classificatórias, sem no entanto deixar de considerar seu lado agentivo. Pretende-se investigar o problema da relação entre o nome e a coisa nomeada à luz de material etnográfico proveniente de contextos diversos.

Resumo longo / Long abstract
Em sua reflexão sobre os nomes, Bodenhorn & Vom Bruck (2005) consideram suas funções convencionais ou classificatórias, atentando também para seu lado agentivo (Butler, 1997). Se é clássico na etnologia ameríndia o contraste analítico entre endonímia (transmissão interna e vertical de nomes) e exonímia (captura externa de nomes) enquanto processos inerentes às cosmologias ameríndias (Viveiros de Castro, 1986), trabalhos como o de Viegas (2008) apontam para a relação entre nomes próprios e os nomes que as coletividades recebem do Estado em contextos diversos. Nesse sentido, às questões “o que é um nome” e “o que ele proporciona” devem necessariamente se seguir aquelas referentes a “como se ativa um nome” e “o que ele faz”. Em que medida, e sob quais condições, um nome se presta a determinar uma posição em um contexto relacional e/ou constitui-se como parte da pessoa? Como transformações no sistema onomástico costumam acompanhar mudanças sociais? Essas questões gerais, que conjuntamente se referem à questão da relação entre o nome e a coisa nomeada, constituem-se como um problema em campos diversos, como a filosofia, a lógica, a psicanálise e a antropologia. Interessa-nos refletir sobre essa problemática à luz de material etnográfico proveniente de contextos diversos.


Detalhes do painel na língua complementar / Panel details in complementary language

Título / Title
Anthropology of Naming

Resumo curto / Short abstract
This panel intends to reflect on naming through a consideration of the conventional or classificatory functions of names as well as their agentive aspects. The problem of the relation between the name and the thing named will be discussed in the light of ethnographic material from diverse contexts.

Resumo longo / Long abstract
Bodenhorn & Vom Bruck’s (2005) reflection on naming considers the conventional or classificatory functions of names along with their agentive aspects (Butler 1997). Whereas Amerindian ethnology draws on the classical analytical contrast between endonymy (internal and vertical transmission of names) and exonymy (external capture of names) as a process that is inherent to Amerindian cosmologies (Viveiros de Castro 1986), authors such as Viegas (2008) point to the relationship between personal names and the names assigned by the State to collectivities in different contexts. Thus, one should add to the issues of “what a name is” and “what it entails” questions such as “how a name is activated” and “what it does.” To what extent, and under what conditions, does a name determine positions in a relational context and/or constitute itself as part of a person? What is the relationship between transformations in the onomastic system and social change? Such general questions, which refer to the relation between the name and what it names, are addressed by fields as diverse as philosophy, logics, psychoanalysis, and anthropology. This panel will discuss this issue in the light of ethnographic material from diverse contexts.