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Português / Portuguese (PT): Políticas culturais para a inclusão social: problematizando discursos e categorias
Inglês / English (EN): Cultural policies for social inclusion: problematizing discourses and categories

Coordenador / Coordinator:
Daniel MACIEL
Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA)
teh.maciel@gmail.com

Co-coordenador / Co-coordinator (se aplicável, não obrigatório / if applicable, not mandatory):
Elizabeth CHALLINOR
Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA)
e.p.challinor@gmail.com

Debatedor / Discussant (se aplicável, não obrigatório / if applicable, not mandatory):

Língua principal / Main language: Português / Portuguese (PT)
Língua complementar / Complementary language: Inglês / English (EN)
Língua de trabalho preferencial (não exclusiva) / Prefered working language (not exclusive): Português / Portuguese (PT)


Detalhes do painel na língua principal / Panel details in main language

Título / Title
Políticas culturais para a inclusão social: problematizando discursos e categorias

Resumo curto / Short abstract
Este painel agrega contribuições de investigadores, agentes culturais e activistas que trabalham com populações marginalizadas, em contexto de programas culturais do Estado para a sua “inclusão social”. Pretende-se debater iniciativas em curso e políticas vigentes, analisando criticamente categorias sociais na sua aplicação, suas formulações e consequências.

Resumo longo / Long abstract
Exposições, performances artísticas, acções de sensibilização e outras iniciativas análogas são promovidas regularmente com objectivos de promoção de valores comunitários e apelos à integração de populações excluídas. Actualmente, verifica-se a existência destes programas de governação, motivados por políticas nacionais ou europeias, cujos alvos de intervenção partilham uma certa qualidade de fragilidade, seja pela sua marginalidade e liminaridade, ou por uma percepção ou assumpção de “exclusão” em relação a uma normalidade social enunciada. Sob a égide da “inclusão social”, categorias tão díspares como “idosos”, “sem-abrigo”, “reclusos” ou “refugiados” são evocadas com vista à promoção destes programas, como é o exemplo das iniciativas de integração de NPT organizadas na Europa sob o financiamento do FAMI – Fundo para o Asilo, a Migração e a Integração. Neste contexto, entendemos “cultura” como um conjunto de discursos e formas estéticas especificamente desenhadas para intervir sobre certas camadas sociais, e que a dinamização destes programas deverá, nas ciências sociais, ser alvo de análise crítica. No contexto da antropologia, o envolvimento de investigadores no terreno permite a problematização das categorias e enunciados que acompanham e justificam a implementação e continuidade destes programas, e contribui para compreensão em proximidade de políticas de Estado.


Detalhes do painel na língua complementar / Panel details in complementary language

Título / Title
Cultural policies for social inclusion: problematizing discourses and categories

Resumo curto / Short abstract
This panel gathers contributions from researchers, cultural agents and activists that work with marginalized people, following state cultural programs aimed at their “social inclusion”. We seek to debate ongoing iniciatives and state policies, critically assessing the social categories that are employde, their meaning and their consequences.

Resumo longo / Long abstract
Exhibits, artistic performances, awareness campaigns and other kinds of similar initiatives are regularly promoted on a local and state level with the objective of promoting community values and appealing to the integration of excluded persons. At present, governance programs target social groups that share a certain ascribed quality of fragility, either due to their marginality and liminality, or due to their perceived or assumed “exclusion” in relation to a stated social normality. Under the aegis of “social inclusion,” disparate categories such as the “elderly”, “homeless”, “prisoners” “migrants” or “refugees” are invoked to promote these programs, as has happened recently, for example, with the cultural initiatives funded across the European Union through the AMIF (Asylum, Migration and Integration Fund). In this context, one can understand “culture” as a set of discourses and aesthetic forms specifically designed to work with selected target groups, and we believe that these programs should be met with critical scrutiny by social scientists. For anthropologists, fieldwork in these contexts allows for the problematizing of categories and discourses that accompany, and justify, these programs’ implementation and continuity; furthermore, it opens a closer understanding of how state policies operate on a local level. This panel proposes to bring together researchers, artists, facilitators and other agents who observe or work, both in european an non-european places, in these areas of ambiguous collaboration between state politics, cultural action and social emancipation.