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Português / Portuguese (PT): A precariedade enquanto condição histórica, material e moral
Inglês / English (EN): Envisioning precarity as a historical, material and moral condition

Coordenador / Coordinator:
Patrícia MATOS
Universidade de Barcelona
patricia.r.m.a.matos@gmail.com

Co-coordenador / Co-coordinator (se aplicável, não obrigatório / if applicable, not mandatory):
Ana Luísa MICAELO
Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL)
analuisamicaelo@gmail.com

Debatedor / Discussant (se aplicável, não obrigatório / if applicable, not mandatory):

Língua principal / Main language: Português / Portuguese (PT)
Língua complementar / Complementary language: Inglês / English (EN)
Língua de trabalho preferencial (não exclusiva) / Prefered working language (not exclusive): Português / Portuguese (PT)


Detalhes do painel na língua principal / Panel details in main language

Título / Title
A precariedade enquanto condição histórica, material e moral

Resumo curto / Short abstract
A noção de precariedade tem vindo a moldar os debates sobre as condições neoliberais de (des)regulação do trabalho e das condições de vida em geral. O presente painel propõe a superação de uma noção ahistórica e unidimensional destes processos, ampliando a teorização da precariedade enquanto condição histórica, material e moral.

Resumo longo / Long abstract
Nas últimas décadas, a noção de precariedade têm vindo a moldar cada vez mais os debates sobre as condições neoliberais de (des)regulação do trabalho e das condições de vida, dentro e fora da academia, e em ambos os lados do Atlântico. Este painel pretende reunir contribuições que teorizem vivências e políticas de precarização, através da análise dos constrangimentos históricos, materiais e ideológicos que determinam tanto as condições de vida das pessoas, quanto a sua capacidade de luta. Interessa também atender ao modo como esta capacidade de luta e resistência está relacionada com estruturas contingentes de cariz moral e relacional. As apresentações deverão examinar: 1) processos de precarização mobilizados pelo estado, enquanto parte integral de projetos nacionais de acumulação e acomodação de imperativos capitalistas globais, embebidos em distintos quadros morais e ideológicos de legitimação; 2) como a condição de precariedade molda e é moldada por regimes particulares de trabalho e estruturas desiguais de género, parentesco, classe ou etnicidade; e 3) como certas configurações institucionais e idiomas sociais e culturais facilitam ou constrangem uma política crítica de precariedade, tal como se expressa em formas específicas de organização coletiva (sindicatos, partidos políticos, organizações comunitárias, etc.).


Detalhes do painel na língua complementar / Panel details in complementary language

Título / Title
Envisioning precarity as a historical, material and moral condition

Resumo curto / Short abstract
The notion of precarity has increasingly shape debates on the neoliberal conditions of labour (de)regulation and people’s livelihoods. This panel aims to contribute to overcome a typological, ahistorical and unidimensional notion of precarity and precarization processes by expanding the theorization of precarity as a joint historical, material and moral condition.

Resumo longo / Long abstract
In recent decades the notion of precarity has increasingly shape debates on the neoliberal conditions of labour (de)regulation and people’s livelihoods, within and outside academia, and on both sides of the Atlantic. This panel aims to bring together contributions which theorize the condition and politics of precarity and precarization processes through the lens of historical-bounded material and ideological constraints determining people’s livelihoods and struggle capabilities, and contingent relational moral structures of meaning and action. The panel’s contributions will examine: 1) precarization processes deployed by the state as an integral part of national projects of accumulation and accommodation of global capitalist imperatives, their moral and ideological frameworks of legitimation; 2) how the condition of precarity shapes, and is shaped by, particular labour regimes and unequal moral relational structures of gender, kin, class or ethnicity; and, 3) how cultural registers and institutional configurations facilitate or constrain a critical politics of precarity, as expressed in forms of collective organisation (such as trade unions, political parties and community-based organisations).