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Português / Portuguese (PT): Ecologias políticas face à crise ecológica: etnografias da sociobiodiversidade e dos modos de resistência
Inglês / English (EN): Political ecologies against the ecological crisis: ethnographies of socio-biodiversity and modes of resistance

Coordenador / Coordinator:
Ana Gabriela MORIM DE LIMA
Departamento de Antropologia, Universidade de São Paulo (USP)
morimdelima@gmail.com

Co-coordenador / Co-coordinator (se aplicável, não obrigatório / if applicable, not mandatory):
Karen SHIRATORI
Departamento de Antropologia, Universidade de São Paulo (USP)
karen.shiratori@gmail.com

Debatedor / Discussant (se aplicável, não obrigatório / if applicable, not mandatory):

Língua principal / Main language: Português / Portuguese (PT)
Língua complementar / Complementary language: Inglês / English (EN)
Língua de trabalho preferencial (não exclusiva) / Prefered working language (not exclusive): Português / Portuguese (PT)


Detalhes do painel na língua principal / Panel details in main language

Título / Title
Ecologias políticas face à crise ecológica: etnografias da sociobiodiversidade e dos modos de resistência

Resumo curto / Short abstract
Partindo das críticas à episteme que opõe Natureza e Cultura e ao pressuposto da crise ecológica no Antropoceno como provocada por uma “humanidade genérica”, buscamos reunir trabalhos baseados em etnografias entre povos tradicionais que ressaltem as concepções nativas sobre relações entre mundos e viventes para além do “humano”.

Resumo longo / Long abstract
Tendo como ponto de partida as críticas a uma episteme moderna que opõe Natureza e Cultura em domínios estanques e ao pressuposto de que a crise ecológica no Antropoceno teria sido provocada por uma “humanidade genérica”, nossa entrada no debate se dá pela reconceitualização das noções de “natureza” e “cultura”, “sujeito” e “objeto”, “humanos” e “não-humanos” pela Antropologia e, mais especificamente, por etnografias dos povos não-ocidentais. Assim, buscamos reunir trabalhos baseados em etnografias entre povos tradicionais e comunidades locais que ressaltem as concepções nativas sobre as relações entre mundos e viventes para além do “humano” numa rede sociotécnica, considerando interações multiespécies e co-evolutivas com seus efeitos nas paisagens. Nos interessam trabalhos que ressaltem como as práticas e conhecimentos desses povos, indissociáveis aos seus modos de vida e visões de mundo, contribuem para a “sociobiodiversidade” e para pensar modos de resistência à “bárbarie que vem” com suas ameaças imprevisíveis e os “fins de mundos” característicos da vida no Antropoceno. Se não falamos nem de uma humanidade genérica nem de mundos absolutos ou ecologias deterministas, cabe-nos indagar: Que “humanidade(s)” é essa? Qual a agência dos “não-humanos”, “mais que humanos” ou “outros que humanos”? De que “mundo(s)” estamos falando? “Fim de mundo(s)” para quem? Em suma, esses são alguns questionamentos que orientarão o nosso debate.


Detalhes do painel na língua complementar / Panel details in complementary language

Título / Title
Political ecologies against the ecological crisis: ethnographies of socio-biodiversity and modes of resistance

Resumo curto / Short abstract
Starting from the criticism of the episteme that opposes Nature and Culture and the assumption of the ecological crisis in the Anthropocene as provoked by a “generic humanity”, we seek to gather works based on ethnographies between traditional people that emphasize the native conceptions on relations between worlds and living beings beyond “human”.

Resumo longo / Long abstract
We take as our starting point the criticisms of a modern episteme that opposes Nature and Culture in rigid domains and the assumption that the ecological crisis in the Anthropocene would have been provoked by a “generic humanity”, we are guided by the reconceptualization of the notions of “nature” and “culture”, “subject” and “object,” “human” and “nonhuman” by anthropology and, more specifically, ethnographies of non-Western people. Thus, we seek to gather works based on ethnographies between traditional people and local communities that emphasize the native conceptions about the relations between worlds and living beyond the “human” in a sociotechnical network, considering multispecies and co-evolutionary interactions with their effects on the landscapes. We are interested in works that highlight how the practices and knowledge of these people, inseparable from their ways of life and worldviews, contribute to “socio-biodiversity” and to think of ways of resisting the “coming barbarism” with its unpredictable threats and “ends of worlds” characteristic of life in the Anthropocene. If we speak neither of a generic humanity nor of absolute worlds or deterministic ecologies, we should ask: What “humanity (s)” is this? What is the agency of “nonhumans”, “more than human” or “other than human”? What “world (s)” are we talking about? “End of the world (s)” for whom? In short, these are some questions that will guide our debate.