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Português / Portuguese (PT): Criatividades vernaculares praticadas na cidade: artes, tácticas e resistências
Espanhol / Spanish (ES): Creatividad vernacular practicada en la ciudad: artes, tácticas y resistencias

Coordenador / Coordinator:
Ricardo Marnoto CAMPOS
Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais (CICS.Nova) / Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (NOVA FCSH)
rmocampos@yahoo.com.br

Co-coordenador / Co-coordinator (se aplicável, não obrigatório / if applicable, not mandatory):
Cornélia ECKERT
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
chicaeckert@gmail.com

Debatedor / Discussant (se aplicável, não obrigatório / if applicable, not mandatory):

Língua principal / Main language: Português / Portuguese (PT)
Língua complementar / Complementary language: Espanhol / Spanish (ES)
Língua de trabalho preferencial (não exclusiva) / Prefered working language (not exclusive): Português / Portuguese (PT)


Detalhes do painel na língua principal / Panel details in main language

Título / Title
Criatividades vernaculares praticadas na cidade: artes, tácticas e resistências

Resumo curto / Short abstract
As paisagens urbanas são habitadas por inúmeras expressões de criatividade do cidadão comum. Criatividades vernaculares são entendidas, aqui, como formas populares, não-oficiais, não-canónicas, excêntricas ou transgressivas de criação estética ou performativa, através do emprego de um conjunto de recursos elementares (o corpo, a voz, a imagem, tecnologias rudimentares, etc.). Aceitamos propostas que (a) procurem debater do ponto vista sócio-antropológico as questões políticas, estéticas, culturais, sociais e simbólicas envolvidas nestas matérias; ou (b) apresentem resultados de pesquisas etnográficas que tragam novos avanços a esta discussão.

Resumo longo / Long abstract
As paisagens urbanas são habitadas por inúmeras expressões de criatividade do cidadão comum. Para além dos discursos hegemónicos e dos normativos dominantes, impostos por um conjunto de agentes sociais poderosos, que dominam a paisagem e a organização material e simbólica da cidade, existem formas populares, minoritárias ou periféricas de agir e de fabricar a cidade. Criatividades vernaculares são entendidas, aqui, como formas populares, não-oficiais, não-canónicas, excêntricas ou transgressivas de criação estética ou performativa, através do emprego de um conjunto de recursos elementares (o corpo, a voz, a imagem, tecnologias rudimentares, etc.). Através deste processo os indivíduos e colectivos expressam a sua existência, narram as suas experiências e, em todo o caso, demonstram o seu direito a produzir cidade. Em muitas situações, esta é uma forma poderosa de certos grupos se expressarem na esfera pública. Estas são expressões, técnicas e linguagens não-oficiais, não são aprendidas em lugares institucionalizados e oficiais. São, muitas vezes, incompreendidas, ostracizadas ou menorizadas por parte das instituições de poder e pelos actores que as ocupam. As etnografias destas práticas criativas revelam as experiências temporais das gerações que produzem imagens, sons, marcas, símbolos, objectos, assinaturas, performances. É importante perceber a dimensão territorializada destas práticas, bem como a articulação entre o espaço, o tempo e as práticas criativas. Neste painel aceitamos propostas que (a) procurem debater do ponto vista sócio-antropológico as questões políticas, estéticas, culturais, sociais e simbólicas envolvidas nestas matérias; ou (b) apresentem resultados de pesquisas etnográficas que tragam novos avanços a esta discussão.


Detalhes do painel na língua complementar / Panel details in complementary language

Título / Title
Creatividad vernacular practicada en la ciudad: artes, tácticas y resistencias

Resumo curto / Short abstract
Los paisajes urbanos son habitados por innumerables expresiones de creatividad del ciudadano común. Las creencias vernaculares son entendidas aquí como formas populares, no oficiales, no canónicas, excéntricas o transgresivas de creación estética o performativa, a través del empleo de un conjunto de recursos elementales (el cuerpo, la voz, la imagen, las tecnologías rudimentarias, etc.). Aceptamos propuestas que (a) procuren debatir desde el punto vista socio-antropológico las cuestiones políticas, estéticas, culturales, sociales y simbólicas involucradas en estas materias; o (b) presenten resultados de investigaciones etnográficas que traigan nuevos avances a esta discusión.

Resumo longo / Long abstract
Los paisajes urbanos son habitados por innumerables expresiones de creatividad del ciudadano común. Además de los discursos hegemónicos y de los normativos dominantes, impuestos por un conjunto de agentes sociales poderosos, que dominan el paisaje y la organización material y simbólica de la ciudad, existen formas populares, minoritarias o periféricas de actuar y de fabricar la ciudad. Las creencias vernaculares son entendidas aquí como formas populares, no oficiales, no canónicas, excéntricas o transgresivas de creación estética o performativa, a través del empleo de un conjunto de recursos elementales (el cuerpo, la voz, la imagen, las tecnologías rudimentarias, etc.). A través de este proceso los individuos y colectivos expresan su existencia, narran sus experiencias y, en todo caso, demuestran su derecho a producir ciudad. En muchas situaciones, esta es una forma poderosa de ciertos grupos de expresarse en la esfera pública. Estas son expresiones, técnicas y lenguajes no oficiales, no se aprenden en lugares institucionalizados y oficiales. Son a menudo incomprendidas, ostracitadas o menorizadas por parte de las instituciones de poder y por los actores que las ocupan. Las etnografías de estas prácticas creativas revelan las experiencias temporales de las generaciones que producen imágenes, sonidos, marcas, símbolos, objetos, firmas, performances. Es importante percibir la dimensión territorial de estas prácticas, así como la articulación entre el espacio, el tiempo y las prácticas creativas. En este panel aceptamos propuestas que (a) procuren debatir desde el punto vista socio-antropológico las cuestiones políticas, estéticas, culturales, sociales y simbólicas involucradas en estas materias; o (b) presenten resultados de investigaciones etnográficas que traigan nuevos avances a esta discusión.